Chris Froome vai com tudo para o Giro d’Itália

Em meio ao processo sobre o uso de salbutamol na Vuelta a Espanha 2017, Chris Froome confirmou sua presença no Giro d’Itália.

O ciclista de 32 anos pode receber uma punição de dois anos caso não consiga provar sua inocência, mas, enquanto isso não é definido, o que se espera é que os acontecimentos fora da estrada não prejudiquem seu desempenho no Giro.

Pelos últimos resultados obtidos por Froome, a impressão que se tem é que ele está apenas concentrado em treinar e atingir seus objetivos e a Sky, que é a maior equipe do mundo na atualidade, não mede esforços para defender seu ciclista nos tribunais e também ajuda-lo a continuar fazendo história.

Froome foi o terceiro ciclista a conseguir vencer Tour/Vuelta no mesmo ano e para a disputa do Giro levará uma forte equipe para ajuda-lo a se juntar também aos seis ciclistas que venceram as três Grande Voltas e os outros sete que conquistaram Tour e Giro no mesmo ano. Veja os dados abaixo:

Tour/Vuelta no mesmo ano:

Jacques Anquetil (FRA): 1963
Bernard Hinault (FRA): 1978
Chris Froome (GBR): 2017

Seis ciclistas conseguiram vencer as três Grandes Voltas (Giro/Tour/Vuelta) ao longo da carreira:

Jacques Anquetil (FRA): 5 Tours de France (1957, 1961, 1962, 1963, 1964), 2 Giros d’Itália (1960, 1964), e 1 Vuelta a Espanha (1963).
Felice Gimondi (ITA): 1 Tour de France (1965), 3 Giros d’Italia (1967, 1969, 1976), 1 Vuelta a España (1968)
Eddy Merckx (BEL): 5 Tours de France (1969, 1970, 1971, 1972, 1974), 5 Giros d’Itália (1968, 1970, 1972, 1973, 1974), 1 Vuelta a Espanha (1973)
Bernard Hinault (FRA): 5 Tours de France (1978, 1979, 1981, 1982, 1985), 3 Giros d’Itália (1980, 1982, 1985), 2 Vueltas a Espanha (1978, 1983)
Alberto Contador (ESP): 2 Tours de France (2007, 2009), 2 Giro d’Itália (2008, 2015), 3 Vueltas a Espanha (2008, 2012, 2014)
Vincenzo Nibali (ITA): 1 Vuelta a Espanha (2010), 2 Giro d’Itália (2013, 2016), 1 Tour de France (2014)

Sete ciclistas ganharam o Giro e o Tour no mesmo ano:

Fausto Coppi (ITA): 1949, 1952
Jacques Anquetil (FRA): 1964
Eddy Merckx (BEL): 1970, 1972, 1974
Bernard Hinault (FRA): 1982, 1985
Stephen Roche (IRL): 1987
Miguel Indurain (ESP): 1992, 1993
Marco Pantani (ITA): 1998

Portanto, desde Pantani, em 1998, que ninguém consegue vencer Giro e Tour no mesmo ano. Um feito para poucos!

E, caso consiga, será o sua terceira Grande Volta consecutiva, já que ele vem de vitória no Tour de France e na Vuelta a Espanha em 2017.

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A equipe que estará ao lado de Froome na disputa de seu primeiro grande objetivo no ano terá ciclistas que já o ajudaram muito durante as inúmeras escaladas em outras conquistas como Wout Poels e Sergio Henao, que devem ser os principais gregários no alto das montanhas. Outros dois grandes escaladores estarão presentes no time, o novo contratado da equipe, o espanhol David De La Cruz, além de Kenny Elissonde que conquistou uma vaga na equipe do Giro depois de sua grande performance no Tour dos Alpes. O italiano Salvator Puccio dará suporte nas partes mais baixas das subidas e, fechando a equipe e trazendo grande experiência, Christian Knees e Vasil Kiryienka, que sem dúvida irão fazer papel primordial nas partes mais planas da prova.

É uma equipe fortíssima, vital para que Froome tenha chances de vencer.

Perguntado sobre seu inicio de temporada e sua forma, Froome disse: “Eu tive que começar a temporada treinando totalmente diferente, já que tive que alcançar meu pico um pouco mais cedo que o normal. Mas a meta de uma terceira Grande Volta consecutiva foi minha motivação”.

Sobre a dificuldade em tentar Giro e depois o Tour ele foi bem realista: “É claro que há muito risco envolvido em tentar o Giro antes do Tour, mas acredito que me arrependeria pelo resto da vida se não tivesse tentado.”