Mobilidade: como a bike pode ajudar a economia?

Parece uma heresia, à primeira vista, que um veículo movido a pernas pode se sobrepor aos motorizados. Há muito tempo a bicicleta tem sido um veículo de transporte nas grandes e pequenas cidades brasileiras, principalmente pelas classes mais desfavorecidas.

O recente relatório da Abraciclo, mostrando uma constância de aumentos na produção e na demanda, ano após ano, mostra o quanto o brasileiro tem buscado utilizar, cada vez mais, a bicicleta. Seja para lazer, seja para simplesmente se locomover.

Na dianteira do desenvolvimento puxado pelo mercado de duas rodas está a zona franca de Manaus, líder na produção brasileira que abastece mercados interno e externo. O que chama mais a atenção é que nem mesmo a onda de alta do dólar, que influencia diretamente em todos os custos de produção de uma bike, conseguiu frear a demanda por bicicletas no Brasil.

A resposta pode estar na mudança de hábitos da população, que têm buscado cuidar da saúde como forma de prevenção de doenças, assim como o gigantesco aumento nos preços dos derivados de petróleo (gasolina, diesel, gás natural, etc) que tem feito com que as pessoas pensassem duas vezes antes de ligar o carro.

Em países mais desenvolvidos, é natural as pessoas irem para os escritórios e indústrias de bicicletas para trabalhar, até mesmo em meses com muita neve (como em regiões nórdicas como Finlândia, Suécia e Noruega) a bike sempre está nas portas e corredores das companhias.

Não sabemos até quando o setor estará com esse aquecimento no país, mas já aparecem todos os indicativos de que o brasileiro possui muitas paixões além do futebol. Ídolos começam a despontar no MTB, como o caso do nosso brilhante Henrique Avancini, e novos craques devem aparecer nos próximos anos, puxando ainda mais a nossa vontade de fazer o mesmo que eles, ou seja, pedalar.