Novo contratado da Katusha, Tony Martin terá foco nas clássicas e no Tour de France

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Presença constante no pelotão das mais importantes clássicas, Tony Martin passou os últimos 5 anos trabalhando como gregário na Etixx-QuickStep, considerada uma das equipes mais fortes do mundo nas provas de um dia. Em 2017, Martin estará correndo pela equipe russa Katusha, e pela primeira vez terá liberdade para dividir a liderança com o sprinter norueguês Alexander Kristoff.

A dupla pode fazer boas estratégias de prova, com Martin tentando andar nas principais fugas e Kristoff buscando a chegada em massa. O investimento feito pela Katusha para 2017 foi alto e a equipe promete uma grande renovação, com a saída de seu principal ciclista, o espanhol Joaquim Rodrigues, que foi para o Team Bahrein-Merida. Martin chega em uma grande fase, após a conquista do mundial de contra-relógio em Doha, no qual ele mostrou que ainda pode ser considerado um dos mais fortes ciclistas do pelotão, contrariando críticas e céticos sobre sua performance.

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Tony Martin na apresentação da Katusha, ao lado de Kristoff e Ilnur Zakarin (Tim De Waele).

Na Etixx, a estratégia da equipe é a mesma utilizada pela Mapei, que no final da década de 90 era uma das grandes equipes nas clássicas e levava um time com 8 atletas para uma clássica, dos quais 6 eram considerados favoritos! É uma estratégia que dá certo, sempre há um bom atleta na fuga ou disputando o sprint, e numa prova de um dia tudo pode acontecer, não adianta colocar os 8 atletas para pegar a ponta do pelotão e controlar a prova como em um Grand Tour, é mais interessante ir para cima e ver o que acontece!

A Etixx vem trabalhando assim, super agressiva, e seu orçamento é todo consumido com os atletas de clássicas. Tony Martin fazia parte dos 2 atletas que não são favoritos, mas que pegam a ponta para matar fugas ou deixar os líderes bem posicionados para horas cruciais das clássicas, como a passagem do Patenberg no Tour de Flandres, ou da floresta dos Orchis na Paris Roubaix. Um outro gregário da Etixx, Stijin Vanderbergh, também trocou de equipe e foi para a Ag2r em busca de resultados nas clássicas, ele também será líder!

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Com a largada do Tour em Dusseldorf, na Alemanha, Martin será um dos grandes contra-relogistas capazes de vestir a Le Maillot Jaune no primeiro dia e quem sabe portá-la durante a primeira semana. Para a equipe Katusha, ter um alemão campeão mundial de crono na equipe, por si só, já trará uma grande visibilidade na largada do prólogo do Tour de France.

“Se ele vencer será épico”, afirmou o novo chefe da equipe, o português José Azevedo, ex-US Postal Service e quinto colocado geral no Tour de 2005, “temos uma grande carta na manga para jogar e iremos precisar dos esforços de Martin no Tour, ele é realmente um atleta poderoso”, afirmou Azevedo que não esconde a possibilidade de levar Ilnur Zakarin para liderar a Katusha no Tour, e quem sabe buscar o tão sonhado pódio na mais importante prova do mundo.

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Martin trabalhando para Julian Alaphilippe no Tour de France, a dupla venceu o prêmio de mais combativos do dia na etapa 16 (Getty).

Veja um pequeno vídeo da Katusha, em Calpe, no seu Training Camp:

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