Ícone do site Digital Cycling

Tirreno-Adriatico: Peter Sagan dá um show e vence a quinta etapa

Esta matéria tem o apoio de

Depois da bela exibição do colombiano Nairo Quintana para assumir a liderança geral da Volta na etapa de ontem, hoje foi a vez do campeão do mundo, Peter Sagan, mostrar, mais uma vez, que ele é um monstro e é, sem sombra de dúvidas, o ciclista mais forte do pelotão.

Sagan, depois de conseguir reentrar no grupo dos favoritos, provou que é quase imbatível em finais acidentados.

O percurso da etapa de hoje tinha uma sequencia impressionante de paredes o que acabou tornando tudo muito mais difícil de se controlar.

Veja como Quintana venceu a quarta etapa.

Na parte final da etapa, a chegada a Fermo era no final de uma subida de 4 quilômetros, onde a parte inicial era uma parede e foi nela que Quintana selecionou definitivamente os melhores do grupo, só que além dos vários escaladores que conseguiram encostar no colombiano depois da parte mais dura da subida, apareceu, aproveitando-se de um trecho plano antes de voltar a subir, Peter Sagan. Ele se juntou ao grupo e, nos últimos metros, partiu não dando chances para qualquer reação dos adversários.

https://www.youtube.com/watch?v=iaKo35iWDbY

Como aconteceu

O ciclistas largaram para os 210 km de Rieti rumo a Fermo com a ausência de Fabio Aru que, segundo a Astana, estava com bronquite. Mais tarde, durante a etapa, também abandonou Adam Yates que ocupava o segundo lugar na classificação geral.

A etapa foi uma guerra desde o início na tentativa de sair a fuga. Ela veio com mais de 30 quilômetros com Moreno Moser (Astana), Maxime Monfort (Lotto Soudal), Niki Terpstra (Quick-Step Floors), Steve Cummings (Dimension Data), Maurits Lammertink (Katusha-Alpecin), Gianna Moscon (Team Sky), Filippo Ganna (UAE-Team Emirates), Marco Canola (Nippo-Vini Fantini), Alexis Gougeard (AG2R La Mondiale), Scott Thwaites (Dimension Data) and Davide Ballerini (Androni-Giocattoli).

Mas a fuga nunca conseguiu muita vantagem e quando chegou a sequencia de duras subidas da segunda parte da etapa, ela logo foi alcançada.

A partir daí a etapa pegou fogo, a Sky continuado a estratégia agressiva dos últimos dias, tentou várias vezes separar o pelotão, com Kwiatkowski particularmente agressivo.

A sequência de subidas curtas foram reduzindo cada vez mais o pelotão ao ponto de, até mesmo Nairo Quintana, o líder geral da volta, se ver sozinho, sem companheiros para qualquer eventualidade no grupo da frente.

Apesar de estar sozinho, o colombiano não parecia sofrer e, além disso, apesar das inúmeras tentativas de fuga, algumas delas que até pareciam que vingariam, isso não acontecia e a etapa fluía mostrando-se, cada vez mais, que seria uma disputa pela etapa e que não haveria qualquer tentativa que pudesse mudar a liderança geral da Volta.

Majka trabalhou muito por Peter Sagan durante toda a etapa.

A cerca de dez quilômetros para o final, na parede sull’ennesimo, Nibali sobrou, enquanto Kiryenka (Team Sky) e Luis Leon Sanchez (Astana) arriscavam-se na tentativa de manter a liderança da etapa. Mais tarde Van Garderen (BMC) juntou-se a Leon Sanches, mas logo foram alcançados.

Van Garderen (BMC) e Leon Sanches (Astana).

Indo para o final da etapa o grupo líder era de cerca de 20 ciclistas, sendo que Sagan, depois de contar com a providencial ajuda de seu companheiro de equipe Rafa Majka, era um deles.

Faltando 3 km, na rampa que levava ao final da etapa, Quintana acelerou e acabou de vez com o grupo. No final da primeira e mais ingrime parte da subida estavam com o colombiano, Primoz Roglic (LottoNl-Jumbo), Gerait Thomas (Team Sky) e Thibaut Pinot (FDJ), sendo que, logo depois, juntaram-se também Urán (Cannondale-Drapac), Tom Dumoulin (Team Sunweb), Rohan Dennis (BMC) e Sebastien Reichenbach (FDJ).

Quintana selecionou de vez o grupo que iria decidir a etapa.

Parecia que tudo se encaminhava para um final disputado entre escaladores quando surgiu, a pouco mais de 50 metros, Sagan fazendo muita força e trazendo com ele Egan Arley Bernal (Androni Giocattoli – Sidermec), Simon Špilak (Team Katusha – Alpecin) e Bauke Mollema (Trek-Segafredo) na roda.

Trecho final da etapa.

Sagan, que havia perdido o grupo da frente na primeira parte da subida, vinha trabalhando furiosamente para retornar ao grupo. Era difícil já que, na frente, Reichenbach puxava o grupo para ajudar Pinot, mas, apesar dos esforços da equipe francesa, faltando poucos metros para pegar o grupo da frente, Mollema resolveu ajudar e o quarteto se juntou ao grupo líder com 1,7 Km para o final.

Tempo suficiente para que a máquina Peter Sagan tomasse um último gole d’água e entrasse no último quilômetro da subida buscando um lugar na ponta do grupo.

Uran ao ver Sagan entre os primeiros, apertou o passo em um trecho de 10% de inclinação, mas Sagan não sedia 1 cm sequer, deixando o colombiano maluco. Ele olhava várias vezes para Sagan parecendo não entender como aquele mamute estava aguentando aquele ritmo em tão dura subida.

Passada a última parte realmente ingrime, restavam ainda 500 m, Sagan se posicionou no meio do grupo e esperou os 150 metros finais quando, apesar da tentativa desesperada de Pinot, ele levantou e partiu deixando claro que seu “modo” Clássicas está mais apurado do que nunca. Foi a terceira vitória de Peter Sagan no ano….a maldição da camisa arco-íris passa longe!

Pinot bem que tentou, mas Sagan não deu a mínima chance para o francês.

Resultados

Vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=akluzXihhCQ

Sair da versão mobile