O que disseram alguns dos personagens do Giro D’Itália 2019

Durante a coletiva de imprensa da atual edição do Giro D’Itália, alguns dos principais personagens de cada equipe falou um pouco sobre suas ambições e seus desejos na Corsa Rosa.

Vamos conferir o que cada um disse:

AG2R

Gallopin, Vuillermoz e Dupont durante a entrevista.

Alexis Vuillermoz: Eu tive uma boa preparação na temporada e estava demonstrando isso até o tombo na Tirreno-Adriático. Agora eu acredito que esteja a 90% da minha forma. Os últimos 10% são a parte mais difícil, mas estou fresco e espero realizar isso bem.

Eu não vou focado na Classificação Geral, pois não é minha característica subidas longas e cadeias de montanhas. As vezes sou surpreendido tendo boas posições na geral. Eu tenho uma boa memória do meu primeiro Giro, a 5 anos atrás. Fiquei perto de um Top 10 (11º) e vencemos como melhor equipe. O Giro é sempre lindo e proporciona aventuras fantásticas.

Tony Gallopin: Eu adoro ficar por dentro da cultura e da história do ciclismo. E sei que poucos ciclistas conseguiram o feito de ganhar etapa nas 3 Grandes Voltas. Isso me deixa motivado, pois posso me tornar um deles nesse Giro.

Team Jumbo-Visma

Roglic e a Jumbo-Visma, durante a apresentação das equipes.

Primoz Roglic: É verdade que começamos o ano muito forte como time. Depois da Tirreno-Adriático tivemos um training camp muito puxado e o Tour da Romandia nos serviu como boa preparação, mas o Giro é totalmente diferente. Eu não consigo ver qualquer necessidade de esconder minha forma aqui. Toda corrida que eu largo, eu vou para vencer, O Giro parece muito duro no papel. Eu posso ir bem em todos os terrenos. Eu tenho sentido mais tensão agora, que no meu primeiro Giro, a 3 anos atrás, mas é normal, as vezes nós só precisamos desfrutar, se divertir e gostar disso. As provas de 3 semanas são longas e cansativas para todos.

Jos Van Emden: Nós temos um objetivo: GANHAR O GIRO. É um objetivo bem maior do que eu ganhar o contra-relógio inicial que é muito íngreme pra mim.

Groupama FDJ

Démare durante a entrevista.

Arnaud Démare: Eu espero obter resultados bem melhores que nas clássicas de primavera, pois quando perco sou o primeiro a ficar desapontado. Eu vim para o Giro para poder erguer minhas mãos para o ar após alguma etapa. Eu optei por vir para o Giro, pois o percurso me agrada bem mais que o Tour de France, pois talvez o traçado do Tour possa favorecer o Thibaut Pinot em uma busca pela vitória na Geral. Aqui o time está armado para os sprints e esperamos levar o maior número de vitórias que conseguirmos, mas sabemos que o nível dos sprinters está bem alto.

Lotto Soudal

Campenaerts, Caleb Ewan, e De Gendt na entrevista.

Caleb Ewan: Eu penso que aqui teremos 5 ou 6 etapas para Sprint, o que não é muito, mas é uma boa quantia. Minha integração na equipe tem sido muito boa. Sentirei falta do meu último embalador Jasper de Buyst, que caiu na Paris-Nice. Eu sinto um pouco mais de pressão que nos últimos anos, mas eu gosto dessa pressão, ainda mais quando o time todo me apoia.

Victor Campenaerts: Eu não fiz nenhuma preparação específica para o Giro. O Recorde da Hora foi o meu objetivo principal. Mas o treinamento na altitude me deixou com uma boa forma e espero ter boas pernas no Giro. O contra-relógio de Verona (Etapa 21), me parece o melhor para mim. Eu espero fazer um bom resultado na primeira etapa também, mas sei que será difícil bater Roglic ou Dumoulin. Para mim não há vantagem alguma em trocar de bicicleta no início da subida, tudo que eu preciso é de uma coroa menor.

Thomas de Gendt: A camisa de montanha não é um objetivo, mas pode passar a ser caso eu acumule pontos durante as fugas na primeira parte do Giro.

Team Ineos

Tao Geogham Hart durante a entrevista.

Tao Geogham Hart: O Tour dos Alpes me deixou um pouco mais confiante. Eu e o Sivakov aproveitamos a corrida. Foi nossa primeira experiência como centro das atenções com cerimônias do pódio, entrevistas e chegando no hotel 1 hora após nossos companheiros.
Realmente foi muito complicado ouvir sobre o Bernal, eu tinha andando com ele horas antes aquele dia. É um choque emocional para qualquer um que estava apoiando ele. Esse esporte é brutal, mas uma Grande Volta oferece muitas oportunidade, mais do que qualquer outra prova. Nós esperamos ver o Egan de volta. Agora vamos pra cima e faremos um Giro especial. Nós estamos com muita energia e entusiasmo para essa prova, por termos um time tão jovem.

Astana

Superman Lopez durante a entrevista.

Miguel Angel Lopez: Nós trabalhamos o calendário muito bem com nossa equipe. Eu corri na Colômbia, Paris-Nice e Volta da Catalunha. Estou me sentindo muito forte aqui, eu espero estar 100%. Eu não fiz o reconhecimento de todo o percurso, mas os contra-relógios e algumas montanhas serão decisivas na terceira semana. Se eu perder 2 minutos para o Dumoulin ou o Roglic nos contra-relógios pode ficar complicado, mas eu acredito que esses contra-relógios não sejam tão ruins para mim, pois são bem acidentados.

Deceuninck Quickstep

Bob Jungels durante a apresentação das equipes.

Elia Viviani: Nós dividimos o time entre Sprints e Classificação geral, mais do que no ano passado, mas com Fabio Sabatini e Florian Senechal eu tenho um bom grupo de embalada. Possivelmente só Caleb e Démare tenham um time completo para os sprints, mas o meu maior rival aqui, acredito que seja o Fernando Gaviria. Correr o Giro com a camisa tricolor (de campeão nacional italiano), me motiva vencer ainda mais que no último ano. A corrida termina na minha cidade natal, Verona, portanto eu gostaria de terminar o Giro e vestir a Maglia Ciclamino no último dia, é isso que deixa um sprinter motivado.

Bob Jungels: Nós temos um time bem balanceado pois temos um dos melhores sprinters do mundo e eu, que, estarei brigando por uma boa classificação em Verona, com possíveis sprints nos 10 primeiros dias, é uma rota que agrada a todos. Eu tenho o privilégio de ser um corredor vesátil, assim posso brigar por boas posições na Classificação Geral mesmo depois de ter disputado as clássicas. Eu não me considero um TOP FAVORITO, os outros já provaram ser muito fortes no passado, mas é um bom desafio para mim, eu adoro desafios.

Bahrain-Merida

Vicenzo Nibali durante a entrevista.

Vincenzo Nibali: Eu estou muito calmo para essa prova, como sempre. Eu me preparei muito pra ela e tentei deixar o meu time o mais unido possível. Nós decidimos ter o Giro como meu objetivo principal. Muitos e muitos ciclistas têm vindo para a Itália com uma forma muito boa e a cada ano tem deixado o Giro mais Internacional. No momento Primoz Roglic, Tom Dumoulin, Mikel Landa e Simon Yates são meus rivais mais importantes. Sendo supersticioso, eu não vou dizer que estou aqui apenas por um bom resultado, eu quero vencer. Sinto falta de vencer, minha última vitória foi na Milan-Sanremo de 2018. Erguer os braços é a coisa mais agradável para um ciclista.

Team Sunweb

Dumoulin durante a apresentação das equipes.

Tom Dumoulin: Eu tenho bons sentimentos, eu estou em boas condições agora. Na Liége-Bastogne-Liége eu estive meio mal, mas acredito que foi devido as condições climáticas. Eu não sei se é possível vencer o Giro e o Tour no mesmo ano, mas eu estou aqui para vencer o Giro. Eu não espero nada desse momento. Há a possibilidade de que eu vista a Maglia Rosa na primeira etapa, se eu tiver boas pernas, mas isso não está na minha cabeça. É contra-relógio bonito e eu adoro quando termina em subida.

 

Sobre Estagiário 59 Artigos
Menos conhecido por Giovanni Santana, é graduando em Engenharia de Aquicultura (UFPR). Ciclista de fim de semana, entusiasta e corneta em tempo integral.