Paris-Roubaix: a clássica mais dura do mundo é neste domingo!

Foto: Luca Bettini/BettiniPhoto©2016

As clássicas chegam ao seu ápice neste final de semana com a realização da temida Paris-Roubaix, prova de 257km, sendo 55 km de paralelepípedos divididos em 29 setores que são os responsáveis pela decisão da prova e também são eles que fazem com que essa prova seja tão dura, principalmente se chover. A média da prova é sempre acima dos 40km/h e o ciclista vencedor deve ser capaz de ser competitivo após mais de 6 horas em ritmo forte.

Veja como foi a Paris-Roubaix em 2017 aqui.

Onde assistir a Paris-Roubaix

Niki Terpstra conquista Tour de Flanders à base da “Passada Holandesa”!

O pódio final de 2017 foi só alegria, Greg Van Avermaet entrou para a história do ciclismo! (TDWSport)

Neste domingo várias estrelas estarão na prova, como Sagan, GVA, Oliver Naesen, Niki Terpstra, Sep Vanmarcke, Ian Stanard, Lars Boom e muitos outros. O belga Philippe Gilbert tentará o inédito título na Paris-Roubaix, um dos poucos monumentos que ainda faltam no seu CV. A prova é esperada com tempo bom e um pouco de frio, assim como no Tour de Flanders, mas nada que os melhores do mundo não estejam acostumados.

Vencedor em 2001, Servais Knaven é o técnico da equipe Sky e terá o duro trabalho de trazer um bom resultado para a equipe britânica (Getty).

O vencedor do Tour de Flanders de 2017, Philippe Gilbert (QuickStep-Floors) decidiu não correr a prova e se recuperar para andar bem nas clássicas dos Ardenes em 2017. Mas este ano ele quer muito essa vitória e a QuickStep vem embalada com a vitória de Niki Terpstra em Flanders, que é outro que pode surpreender no trecho final e vencer mais um monumento escapado. Ciclistas como Peter Sagan e Greg Van Avermaet vão para o tudo ou nada na prova, pois ainda não tem resultados expressivos esse ano. Além disso, sempre é possível sair uma zebra e vencer um ciclista que não estava na lista de favoritos, como em 2016 em que Matthew Hayman (Orica-Scott) saiu na fuga no início da prova e foi capaz de vencer a prova de forma incontestável, foi naquele dia em que um gregário se tornou líder a base da força bruta 🙂

Em 2015 o belga Greg Van Avermaet viu suas chances de vencer a prova acabarem neste tombo. Este ano ele retorna mais forte do que nunca para conquistar mais um monumento na carreira (Getty).

Além disso, a prova tem um charme especial, não só pela região em que acontece, em meio aos campos franceses, mas também por sua história e por todos os ciclistas que ali sofreram e deram seu melhor para transformar essa prova em um ícone do esporte mundial. As pessoas que moram na região dão tanto valor para o evento que existem clubes que passam o ano cuidando das estradas de paralelepípedos nas quais os ciclistas irão passar e também cuidando para que não sejam pavimentadas, um esforço coletivo que valeu a pena, tanto pelo espetáculo, quanto pela união que o esporte é capaz de gerar com maestria.

George Hincapie (USPS) enfrentou três ciclistas da Lotto em 2000 e fez uma das batalhas mais emblemáticas da história da Paris-Roubaix. Ao final, o lendário Johan Musseauw venceu a prova e figura hoje entre os grandes do ciclismo. Hincapie usou sua experiência para vencer a Cape Epic na semana passada ao lado do também ex-ciclista Cadel Evans, na Master.

Muitas pessoas são esperadas para assistir a prova e estamos falando em números que beiram um milhão de pessoas no trajeto, o que se traduz em um espetáculo a parte e traz ainda mais brilho à prova. Mas, isso pode causar problemas para os atletas na questão da segurança, pois,  assim como no Tour de Flanders em 2017, no qual um telespectador causou a queda de Sagan, GVA e Naesen e acabou decidindo a prova, aqui isso também pode acontecer. Na Paris-Roubaix estão sendo tomadas medidas para conscientizar o público a não interferir na prova, a tensão está muito alta.

A floresta de Arenberg foi palco de guerras e possui muita história na competição (TDWSport).

Saiba mais sobre a prova aqui:

https://www.facebook.com/parisroubaix/

http://www.letour.fr/us/

https://twitter.com/Paris_Roubaix

Veja o vídeo oficial da prova:

Equipes e seus líderes:

Os setores de paralelos e o nível de dificuldade (5 estrelas é o grau máximo):

Secteur 29: Troisvilles à Inchy (2.2km) ***
Secteur 28: Viesly à Quiévy (1.8km) ***
Secteur 27: Quiévy à Saint Python (3.7km) ****
Secteur 26: Viesly à Biastre (3km) ***
Secteur 25: Biastre à Solesmes (0.8km) **
Secteur 24: Vertain à Saint-Martin-sur-Ecaillon (2.3km) ***
Secteur 23: Verchain-Maugré à Quérénaing (1.6km) ***
Secteur 22: Quérénaing à Maing (2.5km) ***
Secteur 21: Maing à Monchaux-sur-Ecaillon (1.6km) ***
Secteur 20: Haveluy à Wallers (2.5km) ****
Secteur 19: Trouée d’Arenberg (2.4km) *****
Secteur 18: Wallers à Hélesmes (1.6km) ***
Secteur 17: Hornaing à Wandignies (3.7km) ****
Secteur 16: Warlaing à Brillion (2.4km) ***
Secteur 15: Tilloy à Sars-et-Rosières (2.4km) ****
Secteur 14: Beuvry-la-Forêt à Orchies (1.4km) ***
Secteur 13: Orchies (1.7km) ***
Secteur 12: Auchy-lez-Orchies à Bersée (2.7km) ****
Secteur 11: Mons-en-Pévèle (3km) *****
Secteur 10: Mérignies à Avelin (0.7km) **
Secteur 9: Pont-Thibault à Ennevelin (1.4km) ***
Secteur 8: Templeuve (0.5km) **
Secteur 7: Cysoing à Bourghelles (1.3km) ***
Secteur 6: Bourghelles à Wannehain (1.1km) ***
Secteur 5: Camphin-en-Pévèle (1.8km) ****
Secteur 4: Carrefour de l’Arbre (2.1km) *****
Secteur 3: Grusson (1.1km) **
Secteur 2: Willems à Hem (1.4km) ***
Secteur 1: Roubaix (0.3 km) *

Obs: fique de olho no Setor 4: Carrefour de l’Arbre (2.1km) ***** , aqui é onde a vitória é geralmente decidida, está bem perto do final e é um setor extremamente duro, talvez o mais duro do percurso.

O mapa da prova: largada em Compiègne (perto de Paris), em direção à chegada no velódromo de Roubaix. No detalhe os 29 setores de paralelos, contados em ordem decrescente.

Veja como foi a prova em 2016:

Veja como foi a prova em 2017:

Últimos vencedores:

2017Greg Van Avermaet (Bel) BMC
2016Mat Hayman (Aus) Orica-GreenEdge
2015John Degenkolb (Ger) Team Giant-Alpecin
2014Niki Terpstra (Ned) Omega Pharma – Quick-Step Cycling Team
2013Fabian Cancellara (Swi) RadioShack Leopard
2012Tom Boonen (Bel) Omega Pharma – QuickStep
2011Johan Vansummeren (Bel) Team Garmin-Cervelo
2010Fabian Cancellara (Swi) Team Saxo Bank
2009Tom Boonen (Bel)
2008Tom Boonen (Bel)
2007Stuart O’Grady (Aus)
2006Fabian Cancellara (Swi)
2005Tom Boonen (Bel)
2004Magnus Backstedt (Swe)
2003Peter Van Petegem (Bel)
2002Johan Museeuw (Bel)
2001Servais Knaven (Ned)
2000Johan Museeuw (Bel)