Tour de France: acompanhamento e análise das etapas


A competição mais aguardada do ciclismo mundial começou no dia 2 e vai até o dia 24 de julho. São etapas para todos os tipos de atletas, desde chegadas em massa, até as escaladas mais duras voltadas para aqueles que são leves como uma pluma. O nível da prova é um dos mais altos da história (isso se não for o maior), com equipes e atletas altamente preparados para a batalha. Eles darão o máximo de sua forma física nas estradas francesas.

O Tour de France percorrerá um total de 3.519 quilômetros em 21 etapas. O percurso deste ano passará por 4 países (França, Espanha, Andorra e Suiça) e o ponto mais alto será no Passo de Envalira, na etapa 10, a 2.408 metros de altitude.

Estarão disputando o Tour de France 2016 198 ciclistas de 22 equipes (9 por equipe).

Veja a lista de equipes e atletas aqui.
Veja os links para assistir online aqui.

Acompanhamento

Veja os detalhes e acompanhe o andamento da prova no quadro abaixo:

DataEtapaVencedorLíderDistância (Km)
02 julpt_hills_flat1Etapa 1

Mark CavendishMark Cavendish188
03 julpt_hills_uphill1Etapa 2

Peter SaganPeter Sagan183
04 julpt_hills_flat1Etapa 3

Mark CavendishPeter Sagan223,5
05 julpt_hills_flat1Etapa 4

 Marcel KittelPeter Sagan237,5
06 julpt_mountains1Etapa 5

 Greg Van AvermaetGreg Van Avermaet216
07 julpt_hills_flat1Etapa 6

Mark CavendishGreg Van Avermaet190,5
08 julpt_mountains1Etapa 7

Stephen CummingsGreg Van Avermaet162,5
09 julpt_mountains1Etapa 8

Christopher FroomeChristopher Froome184
10 julpt_mountains_uphill1Etapa 9

 Tom DumoulinChristopher Froome184
11 julDescanso
12 julpt_mountains1Etapa 10

Michael MatthewsChristopher Froome197
13 julpt_hills_flat1Etapa 11

 Peter SaganChristopher Froome164
14 julpt_mountains_uphill1Etapa 12

Thomas De GendtChristopher Froome185
15 julpt_hills_uphill1Etapa 13 (ITT)

 Tom DumoulinChristopher Froome37,5
16 julpt_hills_flat1Etapa 14

 Mark CavendishChristopher Froome208,5
17 julpt_mountains1Etapa 15

Jarlison PantanoChristopher Froome159
18 julpt_hills_flat1Etapa 16

 Peter SaganChristopher Froome209
19 julDescanso
20 julpt_mountains_uphill1Etapa 17

Ilnur ZakarinChristopher Froome184
21 julpt_mountains_uphill1Etapa 18 (ITT)

 Christopher FroomeChristopher Froome17
22 julpt_mountains_uphill1Etapa 19

 Romain BardetChristopher Froome146
23 julpt_mountains1Etapa 20

 Ion IzaguirreChristopher Froome146,5
24 julpt_flat1Etapa 21

 André GreipelChristopher Froome113

Análise das etapas e favoritos

Veja o que pode acontecer a cada dia e os principais favoritos a vitória de cada etapa.

Obs: Os asteriscos estão relacionados ao nível de dificuldade das etapas, sendo ***** o grau máximo.


ETAPA 1: MONT SAINT-MICHEL – UTAH BEACH (188km)*

O ponta-pé inicial do Tour de France 2016 é uma etapa nervosa no noroeste da França, na Normandia, com uma chegada em massa. É dia de ver as melhores equipes embalando os velocistas mais fortes da atualidade. Uma etapa complicada, onde todos os atletas estarão descansados, e com a Le Malliot Jaune na disputa, quem vencer aqui irá vestir a camisa de líder.

O Monte Saint Michel é uma ilha de pedra com um castelo que fica bem próximo do litoral, é uma região que recebe milhões de turistas por ano. No Tour de 2013 houve um crono em frente ao monte, com vitória de Tony Martin e com Cris Froome em segundo, o que ajudou o britânico a consolidar sua liderança e sua vitória em 2013.

História: A Normandia é famosa por dois grandes acontecimentos históricos: O Dia D, como ficou conhecido o 6 de junho de 1944, que marcou o desembarque das tropas aliadas (lideradas pelos EUA) nas praias normandas para a reconquista da Europa durante a Segunda Grande Guerra Mundial; e um dos capítulos da Guerra dos Cem Anos, que foi, resumidamente, o confronto travado entre a França e a Inglaterra na tentativa da recuperação dos territórios perdidos para os ingleses no século 15 – e que resultou no martírio de Joana D’Arc.

Favoritos do dia:

***Peter Sagan (Tinkoff), Mark Cavendish (Dimension Data), Marcel Kittel (Etixx-QuickStep), Andre Greipel (Lotto Soudal) e Alexander Kristoff (Katusha)

**Michael Matthews (Orica Bike Exchange), Dylan Groenewegen (Lotto NL Jumbo)

*Arnaud Demare (FDJ), John Degenkolb (Giant Alpecin), Sam Benett (Bora Argon 18)


ETAPA 2: SAINT LÔ – CHERBOURG OCTEVILLE (183km)**

Dia tenso, com uma chegada digna de clássicas dos Ardenes no final, a segunda etapa do Tour irá desafiar os atletas com um final em subida, mas uma subida curta, que abre espaço para atletas especialistas naquela pancada mortal.

A subida final tem 3,1km, sendo os primeiros 1,9km subindo a 6,5% com picos de 14%, então uma leve descida de 500m e então outro lance subindo de 700m a 5,7% de inclinação. Um novo líder deve sair desta etapa.

Uma etapa bastante semelhante foi a chegada no Mur de Bretagne em 2015, uma subida de 3km com alguns pontos inclinados, que selecionou o pelotão e Alex Vuillermoz (Ag2r La Mondiale) venceu de maneira brilhante, atacando com Cris Froome na ponta do grupo e que nada pode fazer. Os favoritos do dia são os atletas das clássicas, capazes de aguentar a pressão e ter aquele gás para atacar naquela hora crítica.

Favoritos do dia:

***Daniel Martin e Julien Alaphilipe (Etixx-QuickStop), Peter Sagan (Tinkoff), Alejandro Valverde (Movistar), Alex Vuillermoz (Ag2r La Mondiale)

**Rui Costa (Lampre Merida), Joaquim Rodrigues (Katusha), Daniel Moreno (Movistar)

*Wouter Poels (Sky), Richie Porte (BMC)


ETAPA 3: GRANVILLE – ANGERS (223,5km)**

A segunda etapa mais longa deste Tour de France é um dia de refresco para os atletas, longos planos nos campos franceses, indo em direção ao sul. A cidade de Angers recebe pela décima sétima vez a chegada do Tour, pelo jeito já virou tradição.

Se o clima estiver bom, é esperada mais uma chegada em massa, com os velocistas na briga mais uma vez. Agora, se o tempo estiver ruim, esta região é conhecida por ter ventos cruzados, o que pode selecionar o grupo em blocos. A chegada é em uma leve subida com 2,5% de inclinação e 1km, propícia para sprinters como Peter Sagan e Michael Matthews (Orica Bike Exchange). Em seus melhores dias (antes do acidente) John Degenkolb (Giant Alpecin ) não perderia essa chegada, exatamente sua característica, o alemão fará de tudo para tentar vencer aqui.

O famigerado Lance Armstrong dizia que na primeira semana do Tour você não tem nada para ganhar e TUDO a perder, esta é uma dessas etapas.

Favoritos do dia:

***Michael Matthews (Orica Bike Exchange), Peter Sagan (Tinkoff), Marcel Kittel (Etixx-QuickStep),

**Dylan Groenewegen (Lotto NL Jumbo), Andre Greipel (Lotto Soudal) e Alexander Kristoff (Katusha)

*Arnaud Demare (FDJ), John Degenkolb (Giant Alpecin), Sam Benett (Bora Argon 18), Mark Cavendish (Dimension Data)


ETAPA 4: SAUMUR – LIMOGES (237,5)**

A etapa mais longa do Tour é mais um dia voltado para os “cavalos de corrida”, os velocistas podem se deliciar nesta etapa, mas apenas os mais bem preparados chegarão inteiros para o final. as últimas 2 horas de prova possui muitas curvas e um sobe desce que pode desgastar muitos atletas, além de levar a quedas.

Em 2010, aos 20 anos, Peter Sagan quase venceu uma etapa da Paris-Nice em Limoges, ele perdeu nos últimos metros para o francês William Bonnet (FDJ). Bonnet por sua vez, retorna ao Tour após o espetacular tombo que quase tirou a sua vida e de mais de uma dezena de atletas no Tour de 2015. O atleta francês é um daqueles exemplos que o ser humano é capaz de qualquer coisa, esperamos que tudo dê certo esse ano com os atletas, sem quedas.

Favoritos do dia:

***Marcel Kittel (Etixx-QuickStep), Andre Greipel (Lotto Soudal) e Alexander Kristoff (Katusha), Michael Matthews (Orica Bike Exchange),

**Peter Sagan (Tinkoff), Mark Cavendish (Dimension Data)

*Arnaud Demare (FDJ), John Degenkolb (Giant Alpecin), Sam Benett (Bora Argon 18)


ETAPA 5: LIMOGES – LE LIORAN (216km)****

A primeira seleção dos melhores atletas será feita na quinta etapa, dia de ver quem veio pra brigar pela geral em ação, os primeiros 100km de prova são ondulados, mas nada preocupantes, na segunda metade da etapa o pelotão chega na região do maciço central, com a ascensão do pico Pas de Peyrol, chegando aos 1580m com uma subida respeitosa de 5,4km a 8,1%, com picos de até 15%, e isso bem longe da chegada, até lá muitas cabeças vão rolar.

O pelotão passa ainda pelo Col de Font de Cère, de categoria 2 e pelo Col du Perthus de categoria 3, dificilmente algum velocista sobreviverá no grupo principal, ao menos que Peter Sagan esteja naquele dia inspirado, mas o dia é dos escaladores.

A chegada promete ser um sprint no pequeno grupo que restará, com os ciclistas mais fortes e preparados do pelotão, aqueles que vieram para a vitória geral. E um novo líder deve sair daqui.

Favoritos do dia:

***Alejandro Valverde (Movistar), Richie Porte (BMC), Daniel Martin (Etixx-QuickStop), Tibaut Pinaut (FDJ)

**Rui Costa (Lampre Merida), Joaquim Rodrigues (Katusha), Daniel Moreno (Movistar), Romain Bardet (Ag2r La Mondiale)

*Wilco Kelderman (LottoNL-Jumbo), Julien Alaphilipe (Etixx-QuickStop), Alex Vuillermoz (Ag2r La Mondiale)


ETAPA 6: ARPAJON-SUR-CÈRE – MONTAUBAN (190,5km)**

Dia de sobe-desce, com alta probabilidade de sair uma grande fuga, ciclistas que perderam tempo até aqui na classificação geral devem tentar a sorte sair na fuga, as equipes com líderes na geral terão pouca vontade de pegar a ponta durante todo o dia, o Tour é longo e essa é uma daquelas etapas que não farão diferença nem na geral, e são duras demais para os velocistas puros, dá-lhe fuga!

História: Montauban é famosa por ser a cidade em que houve um dos maiores escândalos do ciclismo mundial, em 1998 após a vitória de etapa de Jacky Durand, todas as atenções se voltaram para o furgão dos mecânicos da equipe TVM, que transportava EPO e foi descoberto pela polícia. O caso se ampliou com a descoberta que a equipe Festina também fazia o mesmo procedimento, e assim o caso tomou proporções gigantescas. O caso Festina até hoje é considerado um dos maiores escândalos de doping da história do esporte.

Favoritos do dia:

***Stephen Cummings (Dimension Data), Greg Van Avermaet (BMC), Ariel Maximiliano Richeze (Etixx-QuickStep)

**Michael Matthews (Orica Bike Exchange), Peter Sagan (Tinkoff), Tony Gallopin (Lotto Soudal)

*Serge Pawels (Dimension Data), Dylan Van Baarle (Cannondale), Thomas Voeckler (Direct Energie)


ETAPA 7: L’ISLE-JOURDAIN – LAC DE PAYOLLE (162km)****

O grande dia chegou, dia de ver os grande escaladores em ação, os melhores atletas do mundo trilhando seu caminho. Também é dia de ver as equipes mais fortes controlando a etapa, Astana, Sky, Tinkoff e Movistar.

Com uma distância média, e aproximadamente 4 horas de prova, a etapa deve fazer com que o pelotão seja como uma montanha russa, ritmo alto durante todo o dia e ataques para todos os lados.

Ao final do dia, o Col d´Aspin impõe aos atletas a necessidade de desempenhar o melhor da forma física, a subida é pesada e irá selecionar. A descida após o Col d´Aspin é um balde de água fria nos escaladores, que podem ser alcançados se não abrirem muita diferença para atletas menos preparados. A descida exige cautela, o Tour está só começando!

Favoritos do dia:

***Cris Froome (Sky), Nairo Quintana (Movistar), Richie Porte (BMC), Alberto Contador (Tinkoff)

**Fabio Aru (Astana), Romain Bardet (Ag2r-La Mondiale), Tibaut Pinaut (FDJ)

*Jarlinson Pantano (IAM Cycling), Pierre Rolland (Cannondale), Wilco Kelderman (LottoNL-Jumbo)


ETAPA 8: PAU – BAGNÈRES DE LUCHON (184km)****

O pelotão chega aos temidos Pirineus, região montanhosa na divisa entre a França e a Espanha, a etapa é pura montanha, dia de ver a brutalidade em ação.

A largada na cidade de Pau e MUITO tradicional, e esta é a 67 vez que a cidade abriga os ciclistas no combate nos Pirineus.

A etapa se inicia em Pau a 217m de altitude, com um falso plano loooongo e sem muita inclinação, os quilômetros vão se passando e com 67km os ciclistas estarão nos pés do monstro, o Tourmalet, que após mais “apenas” 19km de subida a 7,4% de inclinação média, chega aos 2115m de altitude, e a etapa nem chegou na metade ainda.

Os atletas enfrentam mais 3 montanhas pesadas antes da descida final até Bagneres de Luchon, que é famosa pelos spas nos Pirineus. A descida final privilegia os escaladores que são capazes de descer com técnica, entre eles Vincenzo Nibali (Astana), atual vencedor do Giro d´Itália.

Favoritos do dia:

***Vincenzo Nibali (Astana), Alejandro Valverde (Movistar), Richie Porte (BMC)

**Fabio Aru (Astana), Romain Bardet (Ag2r-La Mondiale), Tibaut Pinaut (FDJ), Diego Rosa (Astana)

*Jarlinson Pantano (IAM Cycling), Rui Costa(Lampre Merida), Wilco Kelderman (LottoNL-Jumbo)


ETAPA 9: VIELHA (SPA) – ARCALIS (184km)*****

A última etapa antes do dia de descanso é a etapa rainha do Tour, o que significa que aqui muita coisa será decidida, o vencedor será o atleta mais forte do Tour de France 2016.

A maior parte da etapa rola na Espanha, com o final no território do Principado de Andorra. A subida final é monstruosa, chegando aos 2240m e após um dia repleto de montanhas, será uma etapa muito pesada, a média não deve chegar aos 35km/h.

A subida do Arcalis possui 10,1km a 7,2%, e sem picos agressivos no meio, o que deve fazer com que a subida seja liderada por gregários, com passo constante, o que deve ajudar muitos atletas a não perder tanto tempo, pois sobrarão apenas nos quilômetros finais.

A etapa é característica de escaladores com estatura alta, capazes de manter um passo forte rumo ao cume, dentre eles Cris Froome e Tejay Van Garderen em dias inspirados devem fazer estrago aqui. Escaladores puros como Contador e Quintana terão de atacar aqui, Contador conhece muito bem a região, onde em 2009 ele colocou tempo em seus rivais para conquistar o bi-campeonato na prova.

Foi aqui também, nesta região, que Fabio Aru (Astana) roubou a camisa vermelha de líder na última etapa da Vuelta 2015. Tom Dumoulin liderava até então, mas a dureza da região minou as forças do holandês que pregou e perdeu o tão sonhado título. Não podemos deixar de citar que Mikel Landa trabalhou muito para Fábio Aru na etapa, e mostrou ser um dos grandes escaladores da atualidade, não é a toa que ele foi para a Sky esse ano.

Favoritos do dia:

***Cris Froome (Sky), Nairo Quintana (Movistar), Alberto Contador (Tinkoff), Tejay Van Garderen (BMC)

**Fabio Aru (Astana), Romain Bardet (Ag2r-La Mondiale), Tibaut Pinaut (FDJ), Richie Porte (BMC)

*Pierre Rolland (Cannondale), Wilco Kelderman (LottoNL-Jumbo), Mikel Landa (Sky)


ETAPA 10: ANDORRA – REVEL (197km)*

Após o merecido dia de descanso em Andorra, os ciclistas retornar com toda força para mais uma etapa, deixando os Pirineus para trás. Aqui alguns líderes não estarão mais no combate, muita coisa já deve ter acontecido, e a teoria já não se aplica mais na prática.

A única montanha respeitosa do dia é no início da etapa, com categoria 1, os ciclistas encaram o Port d´Envalira, com 24km de extensão e 1200m de desnível, o que deve quebrar o bloco em pedaços já no início do dia. Os velocistas devem perguntar o que estão fazendo ali numa hora dessas. Uma fuga com atletas bem preparados deve surgir, e aqueles com passo firme podem sustentar uma boa liderança até o final do dia.

Devemos ressaltar, que alguns ciclistas não retornam bem após o dia de descanso, o corpo humano não é uma máquina, e o metabolismo cai muito quando há uma queda brusca na atividade e etapas após o dia de descanso são como zebras. Tudo pode acontecer aqui, é por isso que a organização colocou essa subida brutal no começo da etapa, eles querem ver o circo pegar fogo!

Quem não acordar com as pernas boas, pode ser campeão olímpico, mundial, líder do ranking, etc, vai sobrar, e não vai tomar 1 ou 2 minutos, vai levar 20 minutos nas costas ao final do dia, vai ser “phoda”! Há que se ressaltar, também, que após a subida “bacana” no início do dia, as equipes terão de controlar a vantagem em estradas de passo forte, com média horária alta, e ciclistas como Vasili Kyrienka (Sky) podem fazer toda a diferença na manutenção da liderança ou na ampliação dela. São poucos os gregários que aguentam subir bem e depois tem esse passo.

Favoritos do dia:

***Serge Pawels (Dimension Data), Ruben Plaza (Orica Bike Exchange), Cris Anker Sorensen (Fortuneo – Vital Concept)

**Petr Vakoc (Ettx-QuickStep), Thomas Voeckler (Direct Energie), Tony Gallopin (Lotto Soudal)

*Luis Leon Sanches (Astana), Peter Sagan (Tinkoff), Simon Geshke e George Preidler (Giant Alpecin)


ETAPA 11: CARCASSONNE – MONTPELLIER (162,5km)*

Etapa crucial para promover aquela recuperação nos ciclistas da geral para o dia seguinte, onde o gigante Mont Ventoux será encarado. O estágio em si é voltado para os velocistas e consiste de 4 horas de estradas planas e sem expectativa de vento.

Carcassone, ao lado da Grand Depart no Mont Saint Michel, é outro ponto turístico de fortalezas medievais, recebem milhares de turistas anualmente e o Tour de France também serve de divulgação do turismo daquele país. Montpellier recebe a chegada do Tour pela 31 vez, sempre aguardando chegadas em massa. As duas últimas foram em 2011 e 2013, quando Cavendish e Greipel venceram, respectivamente.

Os três primeiros atletas na chegada recebem 10, 6 e 4 segundos de bonificação. Mas o mais importante é a camisa verde em jogo.

Favoritos do dia:

***Marcel Kittel (Etixx-QuickStep), Andre Greipel (Lotto Soudal) e Alexander Kristoff (Katusha), Mark Cavendish (Dimension Data)

**Peter Sagan (Tinkoff), Michael Matthews (Orica Bike Exchange)

*Arnaud Demare (FDJ), John Degenkolb (Giant Alpecin), Sam Benett (Bora Argon 18)


ETAPA 12: MONTPELLIER – MONT VENTOUX (184km)*****

O grande dia chegou, esses 184km vão passar muito rápido, mas nas pernas dos atletas, os últimos 15,7km serão os mais duros da prova até aqui. Serão quase 1400m de desnível naquela distância, com inclinação média de 8,8%, um verdadeiro monstro. Além disso, é difícil para quem está assistindo perceber o vento que sempre incide na montanha, o Mont Ventoux fica numa encosta descampada, sem vegetação a abaixo dele há uma enorme planície, o que faz com que o monte funcione como uma barreira de ventos. Isso será sentido pelos atletas, onde não só a inclinação e o calor serão os únicos elementos, mas também o ar seco e principalmente o vento. A paisagem dos últimos quilômetros tem aparência “lunar”!

Nem é preciso dizer que várias edições foram decididas aqui, não só isso, ciclistas de várias gerações construíram suas carreiras aqui e outros viram seus sonhos simplesmente se despedaçarem.

Ao assistir essa etapa novas lendas surgirão e outras estarão deixando de existir. Em 2013 foi Nairo Quintana que fez a prova de sua vida e conseguiu chegar até o fim com o vencedor Chris Froome, este acabou sendo campeão geral e Nairo vice. Aqui os dois estarão novamente duelando, agora com Nairo mais forte e experiente e Froome com o talento e a força de sempre, a briga vai ser boa.

Favoritos do dia:

***Cris Froome (Sky), Nairo Quintana (Movistar), Richie Porte (BMC), Daniel Martin (Etixx-QuickStep)

**Fabio Aru (Astana), Romain Bardet (Ag2r-La Mondiale), Tibaut Pinaut (FDJ), Tejay Van Garderen (BMC)

*Pierre Rolland (Cannondale), Wilco Kelderman (LottoNL-Jumbo), Mikel Landa (Sky)


ETAPA 13: BOURG-SAINT-ANDÉOL – VALLON PONT D’ARC (37,5km)****

Após a subida brutal ao Mont Ventoux, ainda tem que sobrar energia para este contra-relógio complicado de 37,5km. Até aqui não aconteceu nenhum crono nessa edição, e este crono promete balançar a classificação geral, tanto quanto a subida ao Ventoux.

O terreno é propício para o passo forte, mas com várias subidas que requerem boa recuperação da etapa anterior. Muitas informações o novo campeão do Tour sairão daqui.

Além disso, este será um crono que deve mostrar como está a preparação dos ciclistas que farão a mesma prova nos Jogos Olímpicos do Rio, fiquem de olho!

Favoritos do dia:

***Cris Froome (Sky), Rohan Dennis (BMC), Tom Dumoulin (Giant Alpecin), Tony Martin (Etixx-QuickStep)

** Tejay Van Garderen (BMC), Nairo Quintana (Movistar), Fabian Cancelara (Trek-Sagafredo)

* Richie Porte (BMC), Vasili Kyrienka (Sky), Jerome Coppel (IAM)


Leia também: 8 etapas decisivas do Tour de France.

Leia também: O que aconteceu de mais importante nas duas primeiras semanas do Tour.

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