Insatisfeitos com a desqualificação injusta de Peter Sagan do Tour de França, a equipe de Bora-hansgrohe entrou com um recurso na Court of Arbitration for Sport (CAS).
Segundo Ralph Scherzer, assessor de imprensa da equipe, eles entraram com o recurso na CAS e incluiram um pedido de urgência para suspender a decisão do juri feito no final de 4 de julho de 2017.
A Bora-hansgrohe e Peter Sagan reiteram que Peter Sagan não causou a queda de Mark Cavendish nos últimos 200 metros da quarta etapa do Tour de France. Segundo eles, Peter Sagan ficou em sua linha e não conseguiu ver que Mark Cavendish vinha pelo seu lado direito.
Segundo a equipe, embora o REGULAMENTO UCI diga que é obrigatório ouvir os ciclistas envolvidos antes de tomar qualquer decisão disciplinar, Peter Sagan não teve a oportunidade de explicar aos Comissários o seu ponto de vista do acidente.
Se a CAS decidir por aceitar o recurso, Peter Sagan talvez pudesse se reintegrar ao Tour.
Por que “talvez pudesse”?
Se a CAS decidir que a decisão foi errada, Sagan poderia voltar a competir, mas como colocá-lo de volta a prova?
Segundo as regras os ciclistas precisam completar cada etapa das Grandes Voltas. Não há precedente de um ciclista que tenha sido reintegrado depois de perder uma etapa. Seria uma história inédita se Sagan retornasse ao Tour de France.
Apesar disso a equipe segue com o que julga ser o caminho legal e deixa o rito posterior, caso o recurso seja aceito, para as partes competentes.
O que a equipe diz é que Sagan está pronto, em casa e não é muito longe.
Perder Peter Sagan, a maior aposta da equipe, campeão do mundo e que já havia conquistado a etapa 3 com possibilidade de conquistar pela sexta vez a camisa verde, é muito ruim para a equipe e também seus patrocinadores Bora e Hansgrohe. O Tour de France é a maior prova do ano e não poder contar com seu principal ciclista trará prejuízos financeiros.
Agora é aguardar a decisão da CAS.
Atualização
A CAS rejeitou o recurso e não haverá alteração quanto a decisão de excluir Peter Sagan do Tour.
A corte divulgou um comunicado, no meio da tarde de quinta-feira, confirmando que Sagan permanece desqualificado.
“A Court of Arbitration for Sport (CAS) decidiu rejeitar o recurso enviado pela equipe Bora-Hansgrohe na tarde de 5 de julho de 2017″, diz o comunicado.
Enrico Poitschke, diretor de esporte de equipe Bora disse, no final da etapa 6 do Tour, que eles fizeram tudo o que estava ao alcance e lamenta a decisão que, aos olhos da equipe, não foi a melhor.
“É muito difícil essa desqualificação, principalmente quando olhamos as fotos nos últimos dias, Peter não fez nada de errado. Nós não aceitamos e é por isso que apelamos a CAS “, disse Poitschke.
“Ele foi excluído em uma decisão errada, é um desastre para toda equipe, com certeza “, finalizou.
Resta agora Sagan iniciar a preparação para tentativa do que pode ser o seu terceiro título mundial em Bergen, na Noruega, no final do ano.
“Ele vai precisar de alguns dias de folga para se recuperar e depois teremos que mudar o treinamento pensando na disputa do mundial que contava com toda disputa do Tour de France”, disse Patxi Vila, outro integrante do staff da Bora.
