A França tem um novo herói, o líder dos jovens talentos Julian Alaphilippe (QuickStep-Floors) fez o improvável e venceu o contra-relógio desta quarta etapa com chegada no Mont Brouille, montanha de categoria 2 que exigiu muito dos atletas. Agora, Alaphilippe assumiu a liderança da competição e caminha para as difíceis etapas de montanha com uma das camisas mais cobiçadas de todo o World Tour, a amarela de líder da Paris-Nice.
Veja a chegada de Alaphilippe:
Alaphilippe s’impose devant Contador et prend le maillot jaune / beats Contador and takes the lead #ParisNice pic.twitter.com/jM5BhYMIMa
— Paris-Nice (@ParisNice) 8 de março de 2017
Alberto Contador (Trek-Segafredo) andou muito e fez um tempo que parecia impossível de ser batido, mas foi passado apenas por Alaphilippe. Na terceira colocação, outro francês que nunca havia feito um bom crono, brilhou, e Tony Gallopin (Lotto-Soudal) agora se torna mais um ciclista que pode vencer a competição.
Muitos apostavam que um escalador vencesse este crono de apenas 14km, sendo os 3 últimos km na montanha, mas foram os especialistas em clássicas que surpreenderam, com Alaphilippe, Gallopin, Matthews e outros que jamais foram cotados para andar bem hoje. O líder da competição Arnaude Démare (FDJ) sentiu bastante os esforços dos 3 primeiros dias e não teve um bom desempenho, eleagora se situa na décima colocação geral, mas com 4 duras etapas pela frente, é provável que ele apenas ande no “grupetto” ou se arrisque em alguma fuga, sua meta agora é a Milan San Remo.
Sétimo colocado na etapa e líder nas parciais, Michael Matthews sofreu uma queda que lhe custou a vitória na etapa, confira:
No luck and no best time for @blingmatthews of @TeamSunweb #parisnice #crash #chute #michaelmatthews pic.twitter.com/843fax9nKZ
— Kenny Verfaillie (@kennyverfaillie) 8 de março de 2017
Alaphilippe está se tornando um atleta completo, de modo que se assemelha bastante ao modo de correr de Alejandro Valverde (Movistar), que possui a incrível capacidade de andar bem em qualquer terreno, seja na montanha, no crono ou nos sprints. É um misto de genética abençoada e muito preparo físico e mental, sendo que é no último quesito, no psicológico, que o francês terá de se preocupar mais, pois as próximas etapas irão exigir muito, não só de sua equipe, mas de sua capacidade de resistir aos inúmeros ataques que ele sofrerá.
QuickStep e Alaphilippe tem muito trabalho pela frente!
Alaphilipe e sua equipe, a QuickStep-Floors, possui apenas um gregário que possa defendê-lo na montanha, David De La Cruz, mas a equipe pode manter um bom ritmo antes de chegar nas partes críticas, com a presença de Lampaert, Bauer e Gilbert, que estão em boas condições e serão de grande valia. Daniel Martin não pode se portar como gregário pois ainda é o co-líder ao lado do francês, e isso é importante na eventualidade de acontecer algo com o líder. Além disso, Martin está em grande fase e pode vencer uma etapa.
Com todas estas questões, o técnico da QuickStep tem muitos fatores para pensar, e pode, até mesmo, pedir apoio de Kittel na ponta do pelotão, haja vista que o velocista alemão tem um bom passo, e pode auxiliar seus companheiros a defender esta difícil e rara camisa de líder da Paris-Nice.
Veja como foi o contra-relógio:
https://www.youtube.com/watch?v=X16gBQ1CDHQ
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