Wout Van Aert (Jumbo-Visma) venceu mais uma etapa no Tour de France, a segunda nessa edição. Ele foi importantíssimo para Primoz Roglic durante a parte mais dura da etapa, quando ventos cruzados atingiram o pelotão e ainda teve forças para se meter no sprint decisivo e vencer a etapa de forma avassaladora!
Apesar de não ser uma etapa de montanha, algumas colinas estavam presentes no percurso e percebendo a intenção de Sam Bennett em brigar até onde fosse possível pela camisa verde, a Bora resolveu dificultar as coisas desde o principio.
Assim que entraram na primeira subida a equipe alemã colocou seus homens na frente do pelotão e apertou com vontade. Com um sprint intermediário antes do meio da etapa, a ideia era fazer com que, principalmente, Sam Bennett, que vestia a verde, não aguentasse o ritmo e não participasse da disputa dos pontos. E a estratégia deu muito certo, além de se livrarem de Bennett, também não aguentaram o ritmo Caleb Ewan e o atual campeão europeu Giacomo Nizzolo. Entre os favoritos a principal ausência no grupo da frente passou a ser a do colombiano, vencedor do Criterium Dalphiné, Dani Martinez que já havia caído duas vezes na etapa 2 e hoje acabou ficando no grupo de Sam Bennett, tirando todas as suas possibilidades de um bom resultado na geral do Tour de France.
Com os principais adversários de Sagan pela camisa verde eliminados, o grupo veio para a disputa do sprint intermediário. Trentin venceu e levou 20 pontos, Sagan cruzou em segundo levando 17 e reassumindo a camisa verde virtualmente.
Atrás os outros velocistas não tinha mais como lutar. Ewan acabou formando um terceiro grupo, com Bennett no segundo.
Depois da meta as coisas se acalmaram, mas a Bora continuava mantendo um passo no grupo da ponta para evitar qualquer aproximação.
Percebendo o momento, Thomas De Gendt arriscou, apertou o ritmo e partiu solo.
Depois de abrir cerca de 1 min a Bora começou a receber ajuda da B&B Hotels-Vital Concept, do velocistas francês Bryan Coquard, e passaram a controlar a tentativa de De Gendt.
Com 35 km para o final De Gendt foi neutralizado e o que era calmaria virou o Caos. Ventos cruzados atingiram o pelotão e vários grupos se formaram, com favoritos se espelhando em todos eles.
A Ineos acabou sendo a equipe que previu melhor a entrada nesse trecho e fizeram um excelente trabalho para Bernal, mantendo-o na frente e protegido.
Pogacar, que mais uma vez teve um pneu furado durante a etapa, foi um dos que acabou cortando do grupo principal logo no início do trecho com vento, além dele Carapaz, Landa, Mollema e Porte ficaram.
Na frente, depois que Carapaz cortou devido a um furo de pneu, a Ineos tirou o grupo da ponta e quem manteve o ritmo do grupo que ponteava a prova foi a Astana e a FDJ, ambas aproveitando para colocar tempo nos principais adversários.
Com 1 km para o final, a FDJ ainda liderava o grupo mantendo a velocidade altíssima, ficando difícil até mesmo para a equipes dos velocistas criarem um trem. Quem conseguiu manter um gregário na ponta e fazer a embalada final foi a NTT, que colocou Michael gogl para embalar Boasson Hagen. Mas o trabalho não deu resultados, principalmente porque Wout Van Aert está impossível e venceu mais uma, deixando Boasson Hagen em segundo.
Van Aert, com o resultado, passa a ser o primeiro belga a vencer 2 etapas do Tour de France depois da lenda, Tom Boonen, em 2007
Na geral, Adam Yates conseguiu se manter no grupo da frente e manteve a liderança do Tour que agora segue para os Pirineus.
