A Classified Cycling foi fundada em 2019 pelo CEO Mathias Plouvier e conta com investidores renomados do ciclismo, como Tom Boonen, Marcel Kittel, André Greipel e Anna van der Breggen.
A fábrica está sediada na antiga instalação da Philips em Turnhout, localizada no coração da Antuérpia, na região de Flandres, Bélgica.
A jovem marca belga desenvolveu uma ideia revolucionária e ambiciosa, tanto no âmbito amador quanto no profissional, com seu sistema de mudanças no cubo traseiro. O projeto, totalmente inovador, tem demonstrado resultados para a marca, que é reconhecida atualmente como uma empresa capaz de oferecer uma solução singular ao já vasto público das coroas únicas.
O grupo funciona como um sistema de coroa dupla, mas sem a coroa dupla, entendeu? É, em um primeiro momento é bastante confuso, mas vamos explicar passo a passo.
O mecanismo de mudanças de coroa, que normalmente está localizado no desviador dianteiro, é colocado no cubo traseiro, eliminando assim a necessidade da coroa dupla, uma vez que todas as mudanças entre coroas pequenas, coroas grandes e pinhões são realizadas completamente no eixo traseiro da bicicleta.
A tecnologia foi denominada Powershift é um sistema de mudança sem fio que permite trocar de marcha instantaneamente, mesmo sob carga total.
O cubo Powershift oferece uma qualidade de mudança incomparável, uma ampla faixa de marchas e pequenos intervalos entre as marchas, combinando os benefícios dos sistemas 1x e 2x.
A marca fez sua primeira aposta nos modelos de estrada e gravel, sendo o gravel um alvo potencial devido à demanda existente no mercado. Além disso, o uso desse sistema em competições oficiais de estrada pela UCI tem contribuído para uma maior divulgação da ideia no pelotão profissional. No entanto, vamos falar sobre mountain bike, já que o grupo foi lançado recentemente e há grandes expectativas para o mercado brasileiro
A demanda pela coroa única foi inicialmente observada no cenário do MTB e aos poucos se estendeu às bicicletas de estrada, impulsionada pelo crescimento do gravel. Esse sistema, na verdade, amplia o alcance de mudanças, permitindo duplicar cada mudança já existente no MTB, o que representa uma clara vantagem para os entusiastas de mountain bike que frequentemente precisavam buscar a melhor combinação entre coroas e pinhões para seus pedais. A única diferença entre o sistema off-road e o sistema de estrada é o botão de mudanças, que na MTB é uma espécie de anel que pode ser instalado em ambos os lados do guidão, uma vez que a comunicação é feita via Bluetooth.
As mudanças são extremamente suaves e o tempo de resposta é praticamente idêntico ao das marcas que utilizam câmbio dianteiro. Além disso, o sistema também funciona perfeitamente sob carga e em situações de alta exigência, como ao subir após uma descida. É apenas uma questão de tempo até que a marca se estabeleça no Brasil e possa oferecer seu produto em nosso mercado, que teoricamente terá uma demanda maior pelo grupo de MTB em comparação com o de estrada/gravel.
Essa foi uma das tecnologias exposta na EuroBike, uma das maiores feiras de ciclismo da Europa, que aconteceu em Frankfurt, na Alemanha.
